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Historia de Bruxelas
Tapete floral na Grand Place - Foto: Wouter Hagens (Licença-cc-by-sa-3.0)
Tapete floral na Grand Place - Foto: Wouter Hagens (Licença-cc-by-sa-3.0)

Pelo século X, as leis de sucessão dos francos impunham que o império fosse dividido entre os netos de Carlos Magno: Luís o Germânico, Carlos II e Lotário I. A fortaleza de Lotário, fundada em 979, assinala a fundação oficial de Bruxelas. Anos mais tarde, o condado de Bruxelas foi atribuído a Lamberto I, conde de Lovaina, por volta do ano 1000. Em 1047, o seu filho Lamberto II de Lovaina fundou a Catedral de Santa Gúdula. Devido à sua localização acompanhando o curso do Senne (Zenne em neerlandês) numa importante rota comercial entre Bruges e Gante, e Colónia, Bruxelas cresceu rapidamente, tornando-se um importante centro de comércio. O paralelo crescimento da população, conduziu a uma drenagem dos pântanos circundantes para permitir a expansão territorial da cidade e no século XI foram construídas as suas primeiras muralhas.

Em 1183/1184, os condes de Lovaina tornaram-se duques de Brabante. No século XV, emergiu um novo duque de Brabante descendente da Casa de Valois, como resultado do casamento da herdeira Margarida III da Flandres com Filipe II, Duque da Borgonha. O Barbante perdeu a sua independência mas Bruxelas permaneceu a capital dos prósperos Países Baixos e continuou a florescer. Em 1516, Carlos I, que era herdeiro dos Reino dos Países Baixos desde 1506, foi declarado Rei de Espanha em São Miguel e Santa Gudula, em Bruxelas. Após a morte de seu avô, o imperador Maximiliano I, Carlos I se tornou o novo governante do Império Habsburgo e, posteriormente, foi eleito imperador do Sacro Império Romano como Carlos V. Foi no complexo do Palácio de Coudenberg que Carlos V abdicou em 1555. Este impressionante palácio, famoso em toda a Europa, havia se expandido muito desde que se tornou pela primeira vez a sede dos Duques de Brabante, mas foi destruído por um incêndio em 1731.

Em 1695 Bruxelas foi atacada pelo Marechal de Villeroy sob as ordens do rei Luís XIV de França. O bombardeamento causou uma grande destruição na cidade: mais de 4000 casas foram incendiadas, incluindo os edifícios medievais da Grand-Place de Bruxelas. Em 1830, despoletou a Revolução Belga após a performance da ópera La Muette de Portici no teatro De Munt. A 21 de Julho de 1831, Leopoldo I da Bélgica, o primeiro rei dos belgas ascendeu ao trono, destruindo as muralhas da cidade e reconstruindo muitos edifícios. Na sequência da independência a cidade sofreu bastantes transformações. Bruxelas, a região capital, é habitada por belgas de língua neerlandesa e de língua francesa, apesar do neerlandês (e as suas linguagens germânicas predecessoras) ter sido a língua histórica de Bruxelas por quase toda a sua história. O francês foi durante séculos apenas falado pela alta burguesia e a nobreza. Tornou-se uma língua popular sob o domínio da França, e depois de 1830, com a imigração de muitos franceses (alguns deles revolucionários) e muitos valões, africanos e árabes.

Como em 1830 apenas a alta burguesia e a nobreza (menos de 1% da população) tinha direito de voto, estes grupos quiseram moldar o novo estado de acordo com as suas preferências. Em consequência, tiveram de atraír muitos valões (de língua francesa) para trabalhar nos serviços públicos. Desde este período, a língua neerlandesa e os flamengos foram discriminados. Na atualidade, os flamengos dos municípios suburbanos (e muito mais afluentes) tentam tornar-se a nova elite da cidade.

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