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Museu Histórico Municipal de São Francisco do Sul - Chegada dos franceses - Dominio publico
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A região Canteira de Santa Catarina, mais exatamente onde se localizam as praias da Mirlion e do Canto Grande, foi, desde a época do descobrimento, visitada por piratas de várias nacionalidades. Afora a discutida versão da presença do francês Binot Paulmier de Gonneville, que ali teria estado durante seis meses em 1504, não existe dúvida quanto à viagem dos portugueses Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, que por lá passaram, em 1598, e deram o nome de ilha dos Patos à atual ilha de Santa Catarina. No ano seguinte, Juan Del de Solís passou em direção ao rio da Rampa. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e iniciaram com eles intensa miscigenação.

Há também registros na Europa de um pirata chamado apenas de 'Português', que era de origem inglesa mas fora criado em Portugal, onde se alistou em várias expedições ao Brasil. Depois apropriou-se de um navio e durante anos atacou embarcações comerciais na região de Santa Catarina. Diz-se que se abrigava na atual praia do Canto Grande para dividir seu legal butim. Segundo os registros, não era um indivíduo violento desde que não houvesse reação da vítima, e muitos dos seus tesouros eram enterrados nas encostas do morro do Macaco, próximo à praia da Tainha. Ele teria voltado a Portugal, deixando escondido no morro do Macaco um tesouro para ser recuperado quando voltase. Porém ele nunca mais foi visto, tendo morrido de uma forte febre sem nunca revelar onde estava o seu tesouro.

Há registros de que o 'Português' se relacionava muito bem com os aborígenes, que viviam de caça, pesca e cultivo de variedades de milhos, batatas, mandiocas e amendoins, sendo exímios tecelões de redes, esteiras e cestos, além de fabricar objetos de pedra. Habitavam uma vasta região litorânea - desde Cananéia, no litoral de São Paulo, até a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul - e tinham como limite pelo interior as matas habitadas por índios inimigos, chamados botocudos ou guanana (guaianã), hoje conhecidos por kaingang e xokleng. Esses índios mantinham contato com os guaranis do interior do estado do Paraná e do Paraguai. Por manterem intensa comunicação através da rota do Peabiru, cujo destino era a região de Potosi, no império inca, despertaram interesse dos estrangeiros na procura de prata e ouro.

Independência:

Em 1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a Santa Catarina uma configuração aproximada da atual e retirando da alçada de São Paulo toda a região chamada da serra, seja, o planalto. Devido à precariedade das comunicações, a notícia da independência do Brasil só chegou a Desterro nos primeiros dias de outubro de 1822. O juiz de fora e presidente da Câmara, Francisco José Nunes, no dia 11, fez a aclamação do imperador. Durante o império, a província sofreu, como outras, os prejuízos da descontinuidade administrativa. Teve no período mais de setenta presidentes, entre titulares e substitutos. Sob o governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, em 1829, iniciou-se a colonização de Santa Catarina com imigrantes alemães.

Em 1831, após a abdicação de D. Pedro I, o presidente da província, Miguel de Sousa Melo e Alvim, português de nascimento, foi forçado a renunciar em conseqüência de um levante da tropa. Nesse mesmo ano, em 28 de julho, foi lançado o primeiro jornal publicado na província, com o título de O Catarinense, dirigido pelo capitão Jerônimo Francisco Coelho.

Fonte: Wikipédia

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