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Pontos Turísticos em Cairú
Cueira - Foto: Tatiana Azeviche - Setur-Ba (Licença: cc-by-sa-3.0)
Cueira - Foto: Tatiana Azeviche - Setur-Ba (Licença: cc-by-sa-3.0)

Unidades de conservação

APA Tinharé-Boipeba - Cairú
Criada através do Decreto Estadual nº 1.240, de 5 de junho de 1992 e dotada de Plano de Manejo, essa APA também tem como entidade administradora o Centro de Recursos Ambientais – CRA. A Área de Proteção Ambiental das Ilhas de Tinharé e Boipeba abrange uma área de 433 km², compreendendo os distritos de Galeão e Gamboa, e as vilas de Morro de São Paulo, Garapuá, São Sebastião (também conhecida como Cova da Onça), Moreré e Canavieiras.

Com praias primitivas de rara beleza, a APA Tinharé-Boipeba está situada no município de Cairu, entre a desembocadura do Rio dos Patos e o Canal de Taperoá. A área oferece um rico ecossistema estuarino, dotado de manguezal, restinga e remanescentes de Mata Atlântica. Possui relevo do tipo planície costeira, associado à Mata Atlântica, morros, recifes, canais e ilhas. A fauna é bastante diversificada, com destaque para as aves migratórias.  Como chegar: a partir de Salvador, pegar a BR-324 por 90 km; depois, ir em direção a Santo Antônio de Jesus pela BR-101, por 75 km; passar a cidade e continuar por mais 30 km até o entroncamento com a BA-452, que vai até Valença (30 km).

Outra opção é atravessar a Baía de Todos os Santos pelo ferry boat e seguir pela BA-001 até Nilo Peçanha, por 130 km, entroncando na BA-884 até Cairu (15 km).
A área pode também ser alcançada de barco, a partir de Cairu ou Valença.

Povoado de Moreré
Povoado de pescadores, com praias, vasto coqueiral e piscinas naturais. Possui duas pousadas e bares de praia. O nome do povoado vem do tupi e significa 'acará-disco', nome de um peixe.
Duração: 1 hora.
Dica: a maré baixa permite longas caminhadas pela extensa faixa de areia.
Como chegar: através de passeio de Besouro, que sai de Morro de São Paulo ou a bordo de lanchas e barcos que saem de Valença, Barra dos Carvalhos e Torrinhas. Esse último é um povoado de pescadores na Ilha de Cairu, que serve como opção de apoio ao transporte para Boipeba (cerca de 25 minutos de lancha ou 1 hora de barco).

Pedras da Benedita, Tatiba e Tatimirim
Rochas localizadas, respectivamente, a cinco, sete e três milhas da costa. Esses locais representam boas opções para o mergulho autônomo.
Duração: tempo livre.
Dica: procurar, em Morro de São Paulo, serviço de mergulho com instrutores e equipamentos apropriados.
Como chegar: alugar barco de pesca em Morro de São Paulo. 

Povoado de Moreré
Povoado de pescadores, com praias, vasto coqueiral e piscinas naturais. Possui duas pousadas e bares de praia. O nome do povoado vem do tupi e significa 'acará-disco', nome de um peixe.
Duração: 1 hora.
Dica: a maré baixa permite longas caminhadas pela extensa faixa de areia.
Como chegar: através de passeio de Besouro, que sai de Morro de São Paulo ou a bordo de lanchas e barcos que saem de Valença, Barra dos Carvalhos e Torrinhas. Esse último é um povoado de pescadores na Ilha de Cairu, que serve como opção de apoio ao transporte para Boipeba (cerca de 25 minutos de lancha ou 1 hora de barco).

Povoado de Morro de São Paulo
Localizado no extremo norte da Ilha de Tinharé e conhecido internacionalmente, esse é o principal povoado turístico do arquipélago, contando com inúmeras pousadas, hotéis, restaurantes e campo de pouso, além de belas praias, trilhas e passeios de trator (Besouro). Não deixa de ser curioso que a rua mais movimentada, onde se concentram bares, restaurantes, pousadas, receba popularmente o nome de Broadway. No povoado, existem instrutores de mergulho.

É interessante observar que as praias de Morro de São Paulo são identificadas numericamente. Para quem se interessa por ruínas antigas, Morro de São Paulo é um prato cheio: as da antiga Casa do Capitão, no alto, próximo ao farol; duas baterias ou fortins soterrados; as fundações da primitiva capela de Nossa Senhora da Luz, construída no primeiro quartel do século XVII; restos da Casa do Faroleiro; restos de muralhas e o Forte do Zimbeiro.

Merece visita especial a fonte pública, construída em 1746, que era destinada ao abastecimento de água dos soldados e dos moradores. A fonte existe até hoje, devidamente tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. O acesso à fonte pública, também chamada de Fonte Grande, é feito por ruas sinuosas e sem pavimentação. A fonte tem formato circular, recoberta por cúpula em meia laranja.

Em 1624, as águas do Morro de São Paulo, de um azul cristalino, chegaram a abrigar os navios que transportavam os efetivos comandados pelo holandês Johan Van Dorth, antes da sua entrada na Baía de Todos os Santos para conquistar a cidade do Salvador. Um ano mais tarde, buscou abrigo nesse local a armada de Bondewijh Hendricszoon que, ao ser informado da reconquista de Salvador pelos portugueses, rumou para o norte.

Desde 1630, o Morro de São Paulo contava com uma fortaleza e, em sua fase áurea, com um efetivo militar de 183 homens que zelavam por 51 peças de artilharia e uma muralha de quase mil metros de extensão. Esse conjunto é de relevante interesse arquitetônico, com remanescentes de construções históricas, como a Casa da Guarda, armazéns, Casa dos Oficiais, Casa do Capitão, capela, Casa do Capelão, paiol e o farol construído entre 1850 e 1855, que serve ainda de baliza para a entrada no canal de Taperoá.

A povoação se desenvolveu a partir da fortaleza. Em 1859, quando visitado por D. Pedro II, o povoado possuía apenas 300 famílias residentes. A fortaleza de Morro de São Paulo se constituiu no mais extenso sistema defensivo da Bahia e, provavelmente, do Brasil.

Garapuá
A leste da ilha de Tinharé, há um pequeno povoado de pescadores, com algumas barracas de praia na grande enseada dotada de vasto coqueiral e manguezal, mar de ondas fracas, areias brancas e finas. Ótima para o banho e esportes náuticos. Existem recifes de coral formando piscinas naturais e bancos de areia, que permitem longas caminhadas na praia durante a maré baixa.
São também atrativos turísticos a Lagoa de Garapuá, com cerca de 3 km de extensão, e a Capela de São Francisco de Assis. Quadro - fica ao final da Praia de Garapuá. Oferece vasto coqueiral, manguezal, rochas e recifes, que formam piscinas naturais. Os pescadores locais fazem ali a pesca noturna da lagosta.

Povoado de Velha Boipeba
Primeiro e principal povoado da ilha, fundado às margens do Rio do Inferno, é sede do distrito de Boipeba. A base econômica da população é a pesca e, mais recentemente, o turismo.
O povoado possui bares, restaurantes e pousadas e um ancoradouro em concreto. A palha é a base do artesanato local. Pode-se fazer passeios de ultraleve e caiaque, que começam no Rio do Inferno. Duração: 1 hora.
Dicas: desse povoado partem os passeios de canoa pelo Rio do Inferno e os barcos que fazem passeios para as piscinas naturais e para Moreré, Rio do Catu, Ponta dos Castelhanos e São Sebastião. Além disso, saveiros fazem o percurso Velha Boipeba-Garapuá-Morro de São Paulo.

Vale a pena visitar a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, do início do século XVII, erguida numa elevação e com uma grande escada de acesso.
Como chegar: através de passeio de Besouro, que sai de Morro de São Paulo ou a bordo de lanchas e barcos que saem de Valença, Barra dos Carvalhos e Torrinhas. Esse último é um povoado de pescadores na Ilha de Cairu, que serve como opção de apoio ao transporte para Boipeba (cerca de 25 minutos de lancha ou 1 hora de barco). Em Torrinhas, existe um estacionamento para os visitantes que se dirigem a Boipeba.

Povoado de São Sebastião ou Cova da Onça
A origem do nome é curiosa. Ali fica uma espécie de subterrâneo que lembra a forma de cova, de difícil acesso, onde, segundo se acredita, existe uma imagem de São Sebastião deixada pelos jesuítas. O subterrâneo teria sido aberto no século XVII e, segundo dizem, serviu de esconderijo aos jesuítas dos ataques dos índios na época da colonização. As ruínas do antigo Colégio da Companhia de Jesus existem até hoje no local. Nesse povoado, deve-se visitar também a Igreja de São Sebastião, do início do século XX, de onde se avista o litoral com suas gamboas de pesca e a Ponta dos Castelhanos.

Esse povoado de pescadores, localizado ao sul da ilha de Boipeba, numa enseada próxima à Ponta dos Castelhanos, é o ponto final de visitação. A infra-estrutura turística se resume a uma pousada muito simples e alguns bares. Desse ponto, pode-se fretar barcos para passeios pelo Canal dos Patos e pelos povoados do município de Nilo Peçanha. Na pequena Baía de Cova da Onça há dezenas de gamboas. Aí as atividades de pesca são intensas, destacando-se a pesca de linha, redes de espera e de cerco. É o maior sitio de pesca da região. Nos recifes, polvos e lagostas são pescados com a mão.

Através de trilhas se tem acesso a outros povoados da ilha de Boipeba, pelos chamados 'caminhos dos piaçaveiros', utilizados por trabalhadores rurais das fazendas de piaçava. Existem trilhas para Velha Boipeba, Moreré, Ferrão, Biquara e outros pequenos povoados. Algumas dessas trilhas são descritas a seguir. Duração: 2 horas.

Dica: vale a pena uma caminhada até a Ponta dos Castelhanos. Como chegar: a partir de Velha Boipeba: o percurso de 12,5 km pode ser percorrido a pé ou de tamanca. É possível também chegar com lancha ou barco que passa pelo povoado de Barra dos Carvalhos, que fica no município de Nilo Peçanha.

Ilhas
 
Ilha de Tinharé - Cairu
Situada ao norte da sede de Cairu, essa ilha de cerca de 400 km2 é conhecida desde 1531, quando Martim Afonso de Souza a avistou e a denominou Tynharéa. Ali ficam os povoados de Morro de São Paulo, Garapuá, Gamboa e Galeão. Em 1630, a ilha passou a abrigar um forte destinado à defesa de Salvador e do Recôncavo Baiano e, ainda na primeira metade do século XVII, uma capela, no alto de um morro, com a invocação à Nossa Senhora da Luz, em Morro de São Paulo, e a Igreja de São Francisco Xavier, em Galeão.

A ilha conserva manchas de Mata Atlântica e mangues revestem a sua contracosta. Possui, ainda, praias belíssimas, restingas, coqueirais e povoados com características culturais tradicionais. Duração: tempo livre. Dicas: a natureza local é muito diversificada, com paisagens compostas de praias, matas, morros e rios. Não há automóveis na ilha. Como chegar: a bordo dos barcos e/ou lanchas, que geralmente partem da cidade de Valença. 

Ilha de Boipeba - Cairu
O nome Boipeba é de origem tupi 'boi-peba' (cobra chata), possivelmente uma referência à tartaruga marinha ou a uma espécie de cobra que, quando irritada, achata o corpo, sobretudo o pescoço.  Localizada ao sul de Tinharé, a ilha conta com os povoados de Velha Boipeba, Moreré e São Sebastião, esse último também conhecido como Cova da Onça. Em Velha Boipeba fica a Matriz do Divino Espírito Santo (início do séc. XVII) e, em São Sebastião, a Igreja de São Sebastião (início do séc. XX). Boipeba oferece aos visitantes trilhas ecológicas que passam pela Mata Atlântica.
O acesso à ilha é feito por uma estrada de terra até o povoado de Torrinhas ou a bordo de tratores que partem de Morro de São Paulo.

Na fauna terrestre destacam-se curiós, tatus, raposas e lontras. Em suas matas são comuns árvores como o louro, pau d´arco, landi, landirana, jataipeba, mucugês, camaçaris, oiticicas, saraibas, massarandubas, mangaba, adorno, etc.  Duração: tempo livre.  Dica: é bom preparar o espírito e as pernas, pois, para conhecer a ilha, as caminhadas são fundamentais.
Como chegar: em trenzinho puxado por trator (Besouro).

O passeio sai da Terceira Praia de Morro de São Paulo, passa por um trecho na praia e prossegue por uma trilha interna, por dentro da mata, passando pelo povoado e pela Lagoa de Garapuá, até chegar à Praia do Pontal, de onde é feita a travessia para a ilha de Boipeba.  De lancha e barcos: saindo de Valença, Barra dos Carvalhos e Torrinhas; esse último é um povoado de pescadores situado na Ilha de Cairu (ao sul), que serve como uma opção de apoio para o transporte para Boipeba (aproximadamente 25 minutos de lancha ou 1 hora de barco). Existe um estacionamento em Torrinhas para os visitantes de Boipeba.

Praias

Pratigi
Praia boa para banho e quase deserta, com coqueiral e mar de ondas fracas.

Pontal ou da Barra
Última praia da Ilha de Tinharé, onde o mar se encontra com o Rio do Inferno, dividindo as ilhas de Tinharé e Boipeba. Tem mar de ondas fracas e vasto coqueiral. Dicas: não há circulação de automóveis na ilha. As barracas de praia de Morro de São Paulo promovem luaus. Não deixe de experimentar os deliciosos doces caseiros, sucos e batidas com frutas da região. Na hora do pôr-do-sol, procure um lugar nas muralhas do antigo forte. O espetáculo é fascinante, inclusive com a possibilidade de observação da dança dos golfinhos. Gaivotas marinhas freqüentemente acompanham os barcos de pesca.

Na maré baixa, nas proximidades das ruínas da muralha do forte, formam-se piscinas propícias ao mergulho. Para quem se interessa em surfar na Primeira Praia, é recomendável conversar com os nativos antes de cair na água com a prancha, para se inteirar das precauções necessárias, pois a depender da maré, chega-se a surfar a pouco mais de 50 cm da barreira de corais. Levar câmera fotográfica ou filmadora é indispensável.

Trekking

Trilha do Farol
A trilha se inicia dentro do espaço urbano de Morro de São Paulo, próximo à Igreja de Nossa Senhora da Luz e se estende até a parte alta do Morro. A trilha é recoberta pela mata.
Duração: 1 hora e meia. Dicas: do alto do Morro do Farol, descortina-se a vista mais famosa das praias de Morro de São Paulo. Vale a pena levar máquina fotográfica ou filmadora.
Como chegar: pegar a subida de 1,5 km que começa na praça da Igreja Nossa Senhora da Luz.

Trilha da Fonte do Céu
Essa trilha passa por 4 km de mata entre Morro de São Paulo e Gamboa do Morro. No percurso, existe uma pequena e refrescante queda d´água. Há também um mirante com vista para o belo Canal de Cairu. Em Gamboa do Morro há infra-estrutura de apoio turístico. Duração: tempo livre. Dica: a trilha permite apreciar belas paisagens. Vale a pena levar máquina fotográfica.
Como chegar: a trilha em direção ao povoado de Gamboa do Morro começa na praça principal do povoado de Morro de São Paulo. O percurso é feito pela mata, beirando o Canal de Taperoá.

Trilha Gamboa - Galeão
Trilha mais extensa, com cerca de 10 km. Pode ser percorrida a cavalo (os animais são alugados em Gamboa do Morro). Essa mesma trilha é utilizada por trabalhadores que transportam piaçava e madeira. Nessa trilha pode-se avistar as culturas da piaçava e dendê. O povoado de Galeão fica às margens do canal que separa a ilha do continente. Próximo ao povoado há duas ilhas, Manguinho e da Matinha, que correspondem a sítios de pesca com cerca de dez gamboas. Pesca-se, aí, tainha, carapicu, carapeba, arraia, agulha, entre outros.

Na ilha de Manguinho pode-se observar garças, periquitos-jandaia, maçaricos e papagaios. Duração: tempo livre.  Dicas: pode-se alugar barco, que vai de Morro de São Paulo até Gamboa do Morro para, a partir desse ponto, percorrer a trilha. Vale a pena visitar, em Galeão, a Igreja de São Francisco Xavier, do século XVII.  Como chegar: a trilha é o único caminho em direção ao povoado de Galeão e o percurso é feito pela mata, beirando o canal de Taperoá.

Trilha Morro em Garapuá
São 22 km de passeio, feito a bordo de Besouros (tratores-trens), que saem da Terceira Praia e percorrem a costa até a Quarta Praia.  A partir dessa praia, segue-se por dentro da mata até o povoado de Garapuá, passando por uma lagoa e atravessando os riachos até a Praia de Pontal, onde desemboca o Rio do Inferno, na divisa entre as ilhas de Tinharé e Boipeba.  Duração: o dia todo.  Dica: levar máquina fotográfica ou filmadora.  Como chegar: na Segunda Praia, existem agências que vendem os bilhetes dos besouros. Nas caminhadas, Garapuá serve de ponto de apoio aos andarilhos.

Trilha Moreré - São Sebastião
Entre as opções de passeio, está o frete de tamanca em Velha Boipeba, com destino à face sul da ilha. Também se pode caminhar por 8 km de trilhas na Mata Grande, até São Sebastião. Na ilha existem também as matas de Serrinha e Bainema. Duração: 4 horas. Dica: em São Sebastião, é possível fretar barcos para passeio no Canal do Rio dos Patos, passando por vários povoados ribeirinhos.  Como chegar: a partir de Moreré, percorrer uma trilha de 8 km em direção a São Sebastião, passando por remanescentes de Mata Atlântica da região (Mata Grande).

Trilha de Velha Boipeba - Moreré
Passeio de 4,5 km a pé ou a cavalo, passando pela Primeira Praia e pela Praia de Tassimirim, até Moreré. O retorno pode ser pelo mesmo caminho ou por uma trilha que passa por dentro das matas e do pequeno povoado de Monte Alegre. Duração: 1 hora e meia. Dica: na volta, visitar uma casa de farinha e um 'Rodão de Dendê', além da mata do Serrão. Como chegar: a partir da vila de Velha Boipeba: percorrer a trilha pela praia na maré baixa. Uma segunda opção é pegar outra trilha por dentro da mata do Serrão, passando pela casa de farinha e pelo 'Rodão de Dendê'. 

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