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Ruinas do Castelo DAvila (Praia do Forte - Mata de São João-Ba) Foto: Jota Freitas - Bahiatursa
Ruinas do Castelo DAvila (Praia do Forte - Mata de São João-Ba) Foto: Jota Freitas - Bahiatursa

Castelo Garcia D´Ávila
Um dos mais importantes e significativos monumentos do patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro, a majestosa ruína do Castelo Garcia D´Ávila é considerada 'a primeira grande edificação portuguesa de arquitetura residencial militar no Brasil, com acentuada característica de castelo medieval, sendo o único exemplar do gênero construído nas Américas'. O conjunto - composto por uma capela datada do século XVI e ruínas dos séculos XVII e XVIII - é o único monumento quinhentista do gênero no Brasil. Está situado na APA Litoral Norte, em uma Zona de Proteção Visual, abrangendo também um Sítio Arqueológico.

A Casa da Torre, como também é conhecida, começou a ser construída em 1551, na colina de Tatuapara, por Garcia D´Ávila, que chegou à Bahia em 1549, com o primeiro governador geral, Tomé de Souza, com o título de almoxarife real de Dom João VI. Com o Tratado de Sesmarias e a determinação da Carta do Farol, Garcia D´Ávila iniciou a exploração mercantilista de suas terras com a monocultura do coqueiro asiático (muito utilizado, em seguida, para a demarcação e posse de terras), pastagens e currais, marco da pecuária extensiva que avançou para muito além do Tratado de Tordesilhas.

A capela de São Pedro dos Rates, santo adorado na cidade de origem da família Ávila e de Tomé de Souza, atualmente conhecida como capela de Todos os Santos, deu início à construção da sede e, em seguida, à primeira vivenda da família. O castelo foi concluído em 1624 pelo herdeiro e neto de Garcia D´Ávila, Francisco Garcia D´Ávila, terceira geração e a mais poderosa da dinastia. Os registros históricos dão conta de que daquela 'Torre' saíram não só as forças de defesa do Brasil contra invasores, estrangeiros e piratas, mas também as bandeiras dos desbravadores do Nordeste, que penetraram os sertões atravessando o rio São Francisco com boiadas, prolongando os domínios dos Garcia D´Ávila até o Piauí e o Maranhão.

O Morgado da Torre foi considerado o maior latifúndio do mundo, com 129 fazendas que ocupavam 800 mil km2, equivalente a um décimo do território brasileiro. A Casa da Torre teve representação notável na história da colonização e defesa do Brasil durante mais de três séculos, por dez gerações que se sucederam, até a fundação e consolidação do Império.
Em 1835, com a extinção do regime dos morgados, o castelo foi abandonado e, em meados do século XIX, já era uma grande ruína, sendo tombada pelo SPHAN em 1938. Atualmente é um dos atrativos mais visitados.

A restauração da capela, a consolidação das ruínas, com passarelas suspensas, e sua preservação são de responsabilidade da Fundação Garcia D´Ávila. Criado recentemente em uma área de 20 ha, o Parque Histórico Garcia D´Ávila vai contar a saga dos D´Ávila através de uma maquete do castelo e de uma aldeia indígena, museu arqueológico e centro de visitantes.
Duração: 3 horas.
Dicas: uma ciclovia de 4 km liga a vila de Praia do Forte ao Castelo.
Como chegar: percorrer 2 km da estrada que liga Praia do Forte à Linha Verde e entrar à esquerda, por mais 4 km, até o Parque Histórico Garcia D´Ávila.

Baleada
Antes privilégio do litoral sul da Bahia, a observação de baleias é o mais novo atrativo em Praia do Forte, no período de julho a novembro, quando as baleias da espécie jubarte migram do pólo sul para acasalar e parir seus filhotes. A baleada consiste em observar esses mamíferos em embarcações do tipo catamarã, lancha ou escuna a uma distância de 6 a 10 milhas da costa. Antes de embarcar, o visitante assiste a uma palestra sobre educação ambiental e normas de procedimento para observação.
Duração: 6 a 8 horas
Dica: contatar as agências de turismo receptivo em Praia do Forte para agendar o passeio.
Como chegar: saída de Praia do Forte em catamarã.

Vila de Praia do Forte
Os primeiros pescadores chegaram ao lugar no final do século XIX, quando construíram uma capela dedicada à Nossa Senhora Santana, no meio da vila, que não mais existe. Os pescadores acreditavam que estariam mais protegidos se construíssem uma capela mais próxima ao mar e, assim, surgiu a igreja de São Francisco de Assis, em 1900. Em 1993 o pintor Carlos Bastos, o artista plástico Altamir Galimbert e a comunidade restauraram o interior da igreja.

Todo o acervo, constituído de painéis de pintura em tamanho natural - Via Crucis, Nossa Senhora da Conceição, São Benedito e São Francisco de Assis - são da autoria de Carlos Bastos. A vila é dotada de infra-estrutura turística, com opções de hospedagem e alimentação para todos os gostos e bolsos, oferecendo desde o conforto de um ecoresort até pousadas simples e aconchegantes.
Duração: tempo livre.
Como chegar: sair de Salvador pela Avenida Luis Viana Filho, mais conhecida como Avenida Paralela, e seguir pela Estrada do Coco, BA-099, até Praia do Forte a 74 km do centro da capital.

Ruinas do Castelo DAvila (Praia do Forte - Mata de São João-Ba) Foto: Jota Freitas - Bahiatursa
Ruinas do Castelo DAvila (Praia do Forte - Mata de São João-Ba) Foto: Jota Freitas - Bahiatursa
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