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História de Nilo Peçanha
Orla de Nilo Peçanha - Foto: Ascom Prefeitura
Orla de Nilo Peçanha - Foto: Ascom Prefeitura

A cidade teve origem em 1565 de uma vila chamada Santo Antônio de Boipeba que não sobreviveu ao ataque dos indígenas. Em 1618 foi criada a freguesia de Divino Espírito Santo de Boipeba. Em 1930 passou a se chamar Nilo Peçanha. Nessa cidade, funciona um pequeno estaleiro para a fabricação de canoas, geralmente em vinhático. Vale a pena conhecer os vários prédios tombados pelo Patrimônio Histórico.

A pesca é atividade importante no município: usa-se munzuá (feito de palha) para capturar pitus e outros crustáceos no Rio das Almas, enquanto o robalo é pescado com tarrafas. Na região são também utilizadas outras modalidades de pesca, como linhas de arrasto e “grosseira” (corda estendida de lado a lado do rio, com vários anzóis). A cidade conta com indústrias de beneficiamento da piaçava. Peixes entalhados em madeira e máscaras em papel machê são a base do artesanato local. São ainda confeccionados por artesãos cestas e esteiras de piaçava.

Vale a pena visitar a fábrica de beneficiamento de dendê Mutupiranga como exemplo de aproveitamento integral da matéria-prima no processo de extração: do óleo de dendê para fins industriais, o azeite de dendê tradicional, o óleo do coco do dendê para fabricação de cosméticos e sabonetes (contando inclusive com uma pequena produção artesanal de sabão em pedra), carvão ativado dos seus caroços queimados, além do bagaço da sua própria fibra que se transforma em combustível para as suas caldeiras e sua velha máquina a vapor que produz energia elétrica para a fábrica. O sobrado da antiga usina de açúcar de Mutupiranga, construído em meados do século XIX, tem localização privilegiada no alto de um morro às margens da BA-001.

A principal festa religiosa local é em torno da Matriz do Senhor do Bonfim (séc. XIX), durante o terceiro domingo de janeiro. O município tem dois povoados com comunidades remanescentes de antigos quilombos, onde a população é essencialmente negra: Boitaraca e Jatimane, esse último passagem obrigatória para quem vai à Praia de Pratigi pela estrada asfaltada. Existe na região um tradicional grupo folclórico, Zambiapunga, que se apresenta ao longo do ano, acompanhado pelo som de enxadas vibradas por percussão, de tambores e de búzios soprados.

Essa manifestação folclórica também tem sua origem na cultura africana: era a forma como os ancestrais negros pediam a proteção divina para as suas colheitas. Um cortejo de mascarados desfila na madrugada de 1ª de novembro, dia de Todos os Santos, despertando a população.

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