Ilha de cajaíba - Foto: Rita Barreto - Setur-Ba (Licença CC-BY-SA-30) |
O Conde de Linhares mandou construir, no topo de um monte, uma igreja e convento inaugurados em 1618, dando origem, mais tarde, à vila de São Francisco da Barra do Sergi do Conde, uma homenagem ao padroeiro e ao proprietário das terras. O prestígio da Vila era tamanho que o Imperador D. Pedro II, em visita às províncias da Bahia, criou a primeira escola de agronomia da América Latina para estimular o ensino agronômico e criar vantagens para a lavoura em ascensão.
A história do Brasil Colonial está nos inúmeros engenhos, sobrados e igrejas - ou o que resta deles -, em meio à mata e canaviais, na zona rural do município, terceiro instalado no Recôncavo Baiano. As palmeiras imperiais, símbolo de identificação com a Corte, estão por toda parte. Hoje, a extração, processamento e o refino do petróleo são a principal atividade econômica do município que não perdeu suas características de cidade bucólica à beira-mar, com seu porto de canoas e seu belo casario colonial contrastando com uma orla marítimo-fluvial urbanizada e moderna.
A canoa como meio de transporte, a técnica das mulheres marisqueiras, a habilidade na pesca, no preparo do peixe assado na folha de banana, nos mingaus de farinha de milho e de tapioca fazem parte do legado deixado pelos Tupinambás e os Caetés Negros, os primeiros habitantes. Vila das mais antigas do Brasil, São Francisco do Conde teve suas origens nas terras doadas em sesmarias, pelo segundo Governador Geral do Brasil, Duarte da Costa. Em seguida, Mem de Sá, o terceiro Governador Geral do Brasil, doou a seu filho Francisco de Sá, as terras que, com a sua morte, passaram para Felipa de Sá, também filha do governador e casada com D. Fernando de Noronha Linhares, o Conde de Linhares. Inúmeros engenhos se instalaram na região iniciando o ciclo da cana-de-açúcar e o desenvolvimento econômico da região.