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Castelo Di Bivar - Foto: Jaldesmar Costa |
Além das serras e do grande número de sítios arqueológicos, entre eles o da Pedra do Alexandre e o Xique-xique, você terá a oportunidade de conhecer o maior santuário religioso do Seridó, o Monte do Galo, fundado em 1927, que recebe milhares de peregrinos todos os anos. Do monte você irá avistar o Castelo Bivar, de arquitetura medieval francesa, que surpreende pelo inusitado. Conta-se que à meia-noite aparece um carneiro de ouro aos pés da pedra fazendo muito barulho. Quem viu, corre até hoje. São histórias e lendas que povoam o imaginário nordestino e que enriquecem a cultura de um povo.
Monte do Galo
Tido como o maior santuário religioso do Seridó paraibano e potiguar, o Monte do Galo (ver anexo II) foi inaugurado em 25 de outubro de 1928, com celebração de missa pelo Padre Bianor Emílio Aranha, da Paróquia de Acari e bênção de um Cruzeiro. Tem como patrona Nossa Senhora das Vitórias, sua subida é feita através de uma Via-sacra inaugurada em 1957, paralelamente aos eventos comemorativos do 160º aniversário de morte do Coronel Caetano Dantas Corrêa. Alias, o Monte do Galo foi fundado em homenagem à fundação de Carnaúba por Caetano Dantas, no pensamento dos historiadores tradicionais.
A denominação deriva de lendas muito antigas, que remontam ao início da colonização do Vale do Rio Carnaúba, que falam de um galo cantando em cima do chamado Serrote Grande (como era então chamado), à época em que não existiam moradores por perto. O canto causou espanto nos vaqueiros da Fazenda Baixa Verde, de propriedade do Major Antônio Dantas Corrêa, a mais próxima dali. Outras lendas referem-se ao mesmo cantar do galo, porém, sendo ouvido pelos matutos e tropeiros que passavam pela região em épocas imemoriais.
Pedro Alberto Dantas, um dos idealizadores do movimento de ereção do Cruzeiro, doou a imagem de Nossa Senhora das Vitórias em 1928, a qual tormou-se padroeira do monte e origem das constantes romarias e peregrinações. Nossa Senhora das Vitórias era a protetora especial de Pedro Alberto, vez que o mesmo foi curado por sua intercessão de beribéri quando trabalhava nos seringais do Norte, no início do século XX. Esse atrativo religioso está localizado no Bairro Dom José Adelino Dantas.
Segundo a tradição, vaqueiros que trabalhavam nas redondezas ficaram impressionados ao ouvir o cantar de um galo no cume da pequena serra (antes chamada Serrote Grande, hoje Serrote do Galo), uma região sem habitantes; isso criou a mística do lugar, que se transformou em ponto de peregrinação.
Santuário de Santa Rita de Cássia
A história do Santuário de Santa Rita de Cássia (ver anexo II) está associada à morte da Senhora Joana Faustina da Silva, conhecida como Joana Turuba. Moradora na Povoação de Carnaúba e acometida de bexiga braba (varíola) no ano de 1935, foi retirada para o sopé da Serra do Marimbondo pelas autoridades locais, por medo do contágio. Ali, abraçada a um quadro de sua santa de devoção, Santa Rita de Cássia, morreu. Foi sepultada no mesmo local, em cova rasa, pois o terreno era pedregoso, colocando-se uma cruz para indicar o local da sepultura.
Tempos depois, as pessoas que transitavam pelas redondezas começaram a sentir forte cheiro de rosas e, desesperadas em suas situações de vida, começaram a rogar preces à alma de Joana, que foram atendidas. Dentre elas, citamos várias graças alcançadas por Dona Josefa de Pedro Leandro, que, em agradecimento, organizou a cova e deu início às romarias, apondo um quadro de Santa Rita de Cássia num nicho da sepultura.
O movimento cresceu e em maio de 1987, através de doações de pessoas e devotos, foi iniciada a construção da capela, cujas paredes de alvenaria somente em 1996 foram feitas. O túmulo de Joana, tal como se encontra hoje, foi construído em 1992. A Festa de Santa Rita realiza-se no período de 18 à 22 de maio, e o santuário é limpo através da ação voluntária de duas devotas, as Senhoras Teresa de Jesus Medeiros e Inácia Maria Dantas. O santuário fica localizado no bairro do mesmo nome.
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