Cachoeira da Praia do Iporanga (Guarajá-Sp) Foto: Ariel Serrão |
A Praia Branca é uma antiga colônia de pescadores que segue em um ritmo alheio ao que acontece no resto da ilha. Ao lado da balsa que dá acesso à vizinha Bertioga, a vegetação densa da Serra do Guararú guarda uma trilha de pedra que leva pescadores e visitantes descolados a um dos lugares mais inusitados da região.
As residências e os pequenos estabelecimentos hoteleiros simples do vilarejo destoam da imponência de alguns casarões luxuosos da estrada Guarujá-Bertioga. E é aí que a natureza deixa de ser pretexto para explorar o turista e passa a ser explorada pelos visitantes.
O caminho é longo e, às vezes, escorregadio, mas o visual que se abre ao final compensa. À esquerda, ondas fortes são o paraíso de surfistas e valentes nadadores; à direita, o mar calmo banha a Ilha da Prainha que, na maré baixa, pode ser alcançada a pé. E como os opostos se atraem, o movimento marinho não pára e as águas se encontram com as areias da Praia Preta, uma das mais belas e isoladas da Ilha de Santo Amaro.
E por falar em paraíso, e para não favorecer um único membro do dragão, a Praia do Éden faz jus ao nome. Com apenas 100 metros de extensão, e localizada no trecho que poderíamos classificá-lo como a 'pata' do animal mitológico, é outra surpresa do Guarujá. Nem a trilha íngreme pela Mata Atlântica, que se inicia em uma área de condomínio fechado, é capaz de tirar o humor do aventureiro que chega às águas esverdeadas do Éden.
No mais, tudo segue bem. Muito bem, diga-se de passagem. Fortes e fortalezas ainda contam suas histórias; trilhas dão passagens aos mais dispostos em conhecer a região sob outro ponto de vista; esportes elevam a adrenalina dos aventureiros e o dragão continua mais ativo do que nunca.