Jardim Japonês (Jardim Botânico do Rio) Foto: Ricardo Zerrener -Riotur |
Parece que todo o esporte de aventura inventado ou a ser inventado, à exceção dos de neve, tem espaço cativo dentro da cidade do Rio de Janeiro. A fronteira do limite não é levada a sério na capital brasileira dos da aventura e ação.
Trilhas de trekking na Zona Sul e Zona Oeste, esportes aquáticos na Lagoa Rodrigo de Freitas, esportes da praia, da superfície e do fundo do mar, mirantes perfeitos para a prática de asa delta e parapente, e para escalar há desde as rochas pequenas (boulders) no meio das matas e as falésias frente ao oceano até as longas paredes de granito (big walls) do Corcovado. Está tudo ali, ao alcance das pessoas que desejam ser surpreendidas de vez em quando.
Floresta da Tijuca: a protagonista
De repente a água começou a faltar no Rio de Janeiro. A fonte principal vinha do Rio Carioca, mas essa água já não era suficiente. A devastação era grande e Dom Pedro II sabia que a conseqüência do desmatamento da Serra da Carioca e do Maciço da Tijuca seria a seca.
Foi então que o Major Gomes Archer foi convocado para uma tarefa inusitada: replantar a Floresta da Tijuca, que nessa época já havia se transformado num grande cafezal. E lá foi ele. Em pleno 1862 com a ajuda de 7 escravos, Major Archer iniciou o replantio da floresta. Nada menos do que 80 mil árvores foram plantadas. 45.777 vingaram.
Em 1961 uma área da Floresta foi designada como Parque Nacional, o maior parque metropolitano do mundo. E o resto da história você já conhece. Alguns anos de dedicação, outros de descaso, mas a Floresta continua lá e o melhor a fazer é conhecê-la justamente para preservá-la.
Enquanto aguarda uma ação efetiva que beneficiaria tanto os esportistas quanto turistas, a Federação de Esportes de Montanha resolveu listar 7 áreas de risco na cidade: Morro da Urca, Pedra da Gávea, Pedra Bonita, Morro Dois Irmãos, Vista Chinesa, o caminho entre o Parque Lage e o Corcovado e o acesso do Cosme Velho ao Corcovado.
Associações e amantes do esporte já estão empenhados em conseguir transformar o Rio, de fato, no paraíso. Lugares como o Parque Nacional da Floresta da Tijuca já conseguiram diminuir sensivelmente o número de problemas, mesmo com verbas precárias e quantidade insuficiente de pessoas para monitorar toda a área.