Gruta Rei do Mato - Foto: Acervo Setur-Mg - Sergio Mourão |
Principais Grutas e Cavernas em Minas Gerais
As grutas mais importantes de Minas, são os chamarizes para as cidades mineiras que exploram o turismo na região cárstica de Lagoa Santa. As grutas do Maquiné (em Cordisburgo), Rei do Mato (em Sete Lagoas) e da Lapinha (em Lagoa Santa), são as únicas abertas para visitação, das mais de 800 cavernas presentes também nos municípios de Baldim, Caetanópolis, Inhaúma e Matozinhos. Juntas, as cidades formam o Circuito das Grutas que aposta ainda nos atrativos naturais e culturais das cidades.
A grande maioria das quase 5 mil cavidades naturais de Minas Gerais é protegida por áreas de preservação nas quais só se entra com autorizações especiais, concedidas, em geral, a pesquisadores. O Estado é a sede do maior número de grutas e cavernas do Brasil e a uma das grandes dificuldades enfrentadas em sua conservação é o número reduzido de pesquisadores. Só no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no norte de Minas Gerais, por exemplo, são 140 cavernas e grutas. Em algumas delas, encontram-se registros de picoteamento, desenhos feitos em baixo relevo por homens primitivos com ferramentas parecidas com picaretas. Ao contrário das pinturas rupestres, esses registros não são comuns.
Mais de 500 grutas e cavernas já foram catalogadas em Minas Gerais. Formadas pela ação das águas sobre a rocha calcária, apenas três, Lapinha, Maquiné e Rei do Mato, são abertas ao público. As demais são conhecidas apenas pelos cientistas:
Gruta de Maquiné
A maior gruta de Minas Gerais fica próxima à cidade de Cordisburgo, a 120 km de Belo Horizonte. Uma beleza natural que foi descoberta e explorada em 1834 pelo cientista dinamarquês Dr.Peter Lund. São 440 metros de extensão abertos ao público para conhecer e admirar os sete salões e galerias, formados pelo trabalho de erosão da água. Os estalactites formam figuras inusitadas que lembram um urso, um elefante e há também cristais brilhantes em formato de franjas, grinaldas e lustres.
Na área foram encontradas pedras, ossadas humanas, pinturas rupestres e restos de animais pré-históricos, tornando a Gruta de Maquiné o berço da Paleontologia Brasileira. A gruta possui iluminação e passarelas que permitem aos visitantes transitarem com segurança pelas maravilhas do lugar, e todo o percurso é acompanhado por um guia local. Recomenda-se ir pela manhã ou no final da tarde, porque a gruta fica quente durante o dia. Está aberta diariamente de 8h às 17h.
Gruta da Lapinha
Uma obra de arte esculpida pela natureza e de uma beleza extraordinária. Quem conhece a Gruta da Lapinha se surpreende por não imaginar o que está escondido dentro dela. Localizada na região arqueológica de Lagoa Santa, a 38 Km de Belo Horizonte, a gruta possui uma área de 511 metros de extensão abertos à visitação com profundidade de 40 metros.
Surgiu a partir de rochas calcárias formadas pelos restos marinhos do fundo do mar raso da bacia do Rio das Velhas. Em seus salões existem os chamados espeleotemas, depósitos minerais do interior da caverna que possuem variadas formas, destacando a couve-flor, cascata, cortinas e pirâmides. A Gruta da Lapinha foi descoberta em 1835 pelo cientista dinamarquês Peter Lund, que vivia na região. Em suas escavações Lund descobriu fósseis de animais e as ossadas do chamado “homem de Lagoa Santa”, fundamental para as pesquisas da paleontologia no Brasil.
A Gruta da Lapinha funciona diariamente das 8:30h às 16:30h, com atendimento de guias especializados. Há iluminação artificial, escadas e passarelas que dão acesso aos locais mais difíceis. Na parte externa o visitante pode conferir o museu do castelinho e o Espaço Cultural e Ambiental Dr. Lund, com exposições sobre a região da APA – Carste de Lagoa Santa, além da réplica em tamanho natural da famosa Preguiça Gigante. A região de muito verde também é um convite para um agradável piquinique, e encontra-se próximo à entrada dois restaurantes que oferecem a tradicional comida mineira, além de quiosques de doces e artesanatos.
Gruta Rei do Mato
A Gruta Rei do Mato está a 70 quilômetros de Belo Horizonte e a aproximadamente 600 quilômetros das principais capitais brasileiras. A apenas 6 quilômetros do centro de Sete Lagoas, é possível percorrer 220 metros de extensão com desnível de 30 metros. As formações de estalagmite da gruta chamam a atenção de geólogos e visitantes de todo o mundo.
A gruta passou a ser visitada turisticamente em 1988 e recebeu o nome de Gruta Rei do Mato em homenagem a um forasteiro, que chegou na região na década de 1930 e passou a morar nas imediações da caverna e a extrair da Mata Seca, própria das regiões Calcárias, o seu sustento, alguns diziam que era um soldado fugitivo da Revolução de 30. Ficou conhecido na cidade como Rei do Mato, porque morava na Mata. Desapareceu da mesma forma que chegou na região, sem ninguém saber qual o seu destino.