![]() |
Canoagem no Rio Parauninha - Serra do Cipó-MG - Foto: Rafael Alves - |
Criado em 1978, o Parque Nacional da Serra do Cipó está localizada na Serra do Espinhaço, a 110 km a nordeste da capital mineira, Belo Horizonte, logo após a cidade de Lagoa Santa, do lado sul da Cordilheira do espinhaço, no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce. Seus 33800 hectares também são divisores dos dois biomas mais ameaçados do Brasil: o cerrado e a Mata Atlântica, envolvendo terras dos municípios de Jaboticatubas, Santana do Riacho, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro.
O Parque está em uma região muito rica em cursos d’água, com destaque para o Rio Cipó, afluente do Rio das Velhas, pertencente à bacia do São Francisco. Em decorrência do relevo acidentado, observa-se a frequente formação de cachoeiras, corredeiras e piscinas naturais, que mantêm o seu volume de água constante durante quase todo o ano devido ao aspecto areno-rochoso do solo. Na região também são abundantes os cânions e as belíssimas cachoeiras.
Fauna
A fauna da serra é bastante rica, lá podem ser encontradas dezenas de espécies de mamíferos, anfíbios, aves. Os destaques são a paca, o tatu, o tamanduá-mirim, a jaguatirica, o veado, o macaco, a onça parda, a lontra, o lobo-guará e a capivara. Dentre as aves, são vistos com frequência gaviões, codornas, perdizes, azulões, sabiás, pica-paus, tucanos, pintassilgos e beija-flores, com destaque para o beija-flor-de-gravata-verde e o cipó canesteros, ambos endêmicos da serra.
Quanto aos peixes, destaca-se a presença em grande número da Pirapetinga, conhecida como a Truta brasileira.
Flora
A flora da região é muito rica. Segundo os botânicos as 1600 espécies já catalogadas devem representar menos da metade do que deve existir na região. Na parte baixa do parque predomina a vegetação de cerrado, enquanto na região mais alta são encontrados principalmente os campos rupestres, de elevadíssima diversidade florística e com muitas plantas endêmicas.
Dentre a vegetação destaca-se a ocorrência das sempre-vivas, as grandes canelas-de-ema – que podem atingir até seis metros de altura –, orquídeas, bromélias, margaridas, cactos, ipês e quaresmeiras. A variedade é tão grande que em todas as estações do ano encontram-se espécies floridas.