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Boi de Máscaras

Festa do Boi de Máscara - Foto: Agência Pará-Divulgação
Festa do Boi de Máscara - Foto: Agência Pará-Divulgação

A exceção aos 'rigores' da tradição pode ser verificada no município de São Caetano de Odivelas, a 104 km de Belém. Entre as principais características dos 'bois' do município estão o ritmo, as máscaras dos figurantes e a ausência de enredo. A festa é transformada numa espécie de carnaval junino. Atrás dos grupos, seguem centenas de brincantes animados pelo som alegre dos tocadores.

Dos pescadores, responsáveis pela principal atividade econômica de São Caetano, veio a singularidade da tradição junina do município. O folguedo mais tradicional é o Boi Tinga, que em 1935, tinha seus fundadores em Maracá, na Ilha de Marajó. Eles decidiram comprar uma obra artesanal rica em detalhes em forma de cabeça de boi (a mesma até hoje).

Ao retornarem a São Caetano, os pescadores não queriam ser reconhecidos. Para isso, usaram máscaras e improvisaram um batuque. A surpresa acabou agradando os moradores que, de pronto, aderiram ao 'boi mascarado'.

Outras figuras tradicionais nos 'bois' do município são os 'cabeções', confeccionados por artesãos mais conhecidos como 'preás'. Além do 'Boi Tinga', existem os bois 'Griffo' (da localidade de Boa Vista), 'Faceiro' (de Cachoeira), 'Resolvido' (de Santa Maria da Barreta) e 'Aê' (de Aê).

Apesar do nome mitológico, o Griffo tem forma de um animal pré-histórico, o pterodátilo. Curiosidades do folclore amazônico. Como o próprio nome da festividade informa, a máscara é fundamental nesse boi. É feita de papel machê, conferindo vida aos personagens que fazem a brincadeira respeitando a tradição de manter os participantes sempre anônimos. Eles vestem um pano de costas ('romeira'), toalha estampada sobre a cabeça e a máscara.

Em 1990 um tradição foi quebrada para uns, ou apenas sofreu uma mutação para outros: foi permitida a participação de mulheres. Na verdade, várias mulheres ficavam clandestinas sob as fantasias, mas quando eram descobertas passavam a ser discriminadas. Afinal, aquilo era 'coisa de homem'. Os mais velhos, porém, ainda vem com desconfiança a presença do sexo oposto. Mas não há mais nada a fazer: as mulheres ganharam mais esse espaço no folclore paraense.

As quadrilhas juninas e grupos parafolclóricos, abrem espaço para o tradicional Boi de Máscara, característico das festas juninas do Pará e entre eles destaca-se a 'Orquestra do Boi Vaidoso', transformada em Associação Comunitária Beneficente 'Boi de Máscara Vaidoso', que leva música, dança, alegria e muita irreverência aos expectadores.

O Boi Vaidoso nasceu de uma brincadeira de rua há mais de seis anos. É uma variação do boi-bumbá e recebeu a influência de diferentes culturas, como a europeia.

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Festa do Boi de Máscara - Foto: Geraldo Ramos (Paratur)
Festa do Boi de Máscara - Foto: Geraldo Ramos (Paratur)
Festa do Boi de Máscara - Foto: Geraldo Ramos (Paratur)
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Festa do Boi de Máscara - Foto: Agência Pará-Divulgação
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