Cururupu - Foto: Blog do Chaddad

O local onde hoje se abriga a sede do município era habitado primitivamente pelos índios tupinambás, cujo cacique era conhecido pelo nome de Cabelo de Velha, nome hoje dado a uma baía próxima a sede do município. Seu povoamento tornou-se possível por volta de 1816 a partir das entradas chefiadas por Maciel Parente que subjugou os índios tupinambás ali aldeados matando o cacique Cabelo de Velha. Os índios sobreviventes deste massacre abandonaram a terra devida a impossibilidade de um convívio pacifico com os brancos.

A partir daí, portugueses vindo de Guimarães, começaram a povoar a região, iniciando-se o ciclo das grandes fazendas (para o que muito contribuiu o trabalho de escravos africanos trazidos de Dahomey (Daomé) e da Costa Africana de Douro), nessas fazendas fabricava-se farinha de mandioca, açúcar e aguardente de cana usando engenhos a vapor. Para a origem do nome há várias explicações e nenhuma de aceitação unânime. Uma das versões diz que o nome originou-se da junção do som da arma (pu), que matou um bravo guerreiro tupinambá de nome Cururu, CURURU+PU, dando origem ao nome de CURURUPU.

Uma outra versão afirma que a origem do nome deve-se a uma fazenda existente à margem esquerda do rio que banha a atual sede do município, sendo o nome desta CURURUPU, era próximo a esta fazenda que fundeavam os barcos a vapor que se dirigiam ao município. Existe uma terceira versão que não tem uma grande aceitação, que o nome originou-se devido a grande quantidade de sapos conhecidos por sapos cururus, segunda essa versão o nome originou-se da união do nome dos sapos e dos sons do seu coaxar.

Em 1835, pela Lei Provincial nº. 13 de maio foi criada a freguesia de Cururupu conhecida pelo 3º Distrito de Cabelo de Velha subordinado administrativamente a Guimarães. Uma outra Lei Provincial, nº120 de 03 de outubro de 1842, eleva esta freguesia a categoria de vila, conhecida como Cururupu, desmembrando-se então de Guimarães e conquistando sua autonomia administrativa. A Lei Estadual nº. 893 de março de 1920 eleva a vila a categoria de cidade. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído do distrito sede.

Atualmente a sede do município apresenta características de cidade histórica contendo um patrimônio arquitetônico avaliado como do tipo colonial. A zona rural é composta por comunidades tradicionais quilombolas e na região continental estão os pescadores artesanais.