Grutas e Cavernas

Gruta de Ubajara (Ubajara) Foto: Janela do Horizonte

Principais Grutas e Cavernas do Ceará

Sem dúvidas as principais atrações são as praias. Mas quem pensa que o chamariz do Estado se restringe somente a areia e água salgada está muito enganado. O Ceará conta, acreditem, com uma região serrana tão famosa quanto as praias do litoral. A Chapada de Ibiapaba é uma dos destinos que mais atraem visitantes ao solo cearense. Lá a natureza dá um verdadeiro show, com destaque para o parque Nacional de Ubajara, localizado na cidade de mesmo nome, onde encontramos cacheiras e grutas.

Gruta de Ubajara
É uma das principais atrações locais. Para chegar até ela, o turista tem duas opções uma boa caminhada nas trilhas ou por meio de um bondinho.
A gruta é formada por calcário moldado por águas subterrâneas. Há estalactites e estalagmites por todo lado. De seus 1.120 metros quadrados,  420 metros estão abertos para visitação. No total, nove salas podem ser desbravadas pelos visitantes.

Caverna Casa de Pedra
ercada de jucás, angicos, paus d’arco e outras plantas da caatinga por todos os lados, a beleza em mármore bruto da Casa de Pedra, em Madalena, a 180 km de Fortaleza, abriga histórias por desvendar. Conta-se de uma princesa índia que um dia foi raptada por um índio de outra tribo. Impedidos de se amar entre sua gente, decidiram fugir e a caverna teria sido sua morada.

No abrigo da formação rochosa ainda hoje aponta-se a pedra que seria “o quarto da princesa”. Há a rocha que dispunham como mesa, com “assentos” ao redor. Um salão mais amplo fôra o ambiente de estar dos dois e outro seria o jardim de inverno. Não se sabe a época deles nem nomes ou origem. A lenda nunca precisou se provar.

Gruta do Boqueirão
A Gruta do Boqueirão ou a Caverna do Boqueirão, localiza-se no Município de Lavras da Mangabeira, estado do Ceará, a cinco quilômetros ao norte da sede do município. O gruta do Boqueirão, como o próprio nome indica, é a garganta aberta, na serra homônima, pelo Jaguaribe-Mirim ou que, a cortou nos tempos das formações geográficas, com o volume das águas. Formada por duas partes descomunais, aberta, na própria rocha, a referida garganta, que dá vazão, através do rio Salgado, a todas as águas fluentes do sul do estado do Ceará, tem uma altura de noventa e três metros e uma largura de quarenta, com poço permanente à época da estação seca.

Originária da desagregação da rocha, e com avultado comprimento, se bem que ignorado, demora essa gruta a cerca de cem palmos acima do nível do poço, apresentando a configuração de uma cúpula achatada e servindo de morada a morcegos.

A respeito do Boqueirão e suas lendas, é muito comum se ouvir estórias a respeito de fenômenos estranhos que ocorriam no local, tanto no fundo do poço, como no interior da gruta, as quais encontram guarida na crendice popular. Salas ricamente atapetadas, mesas e altares com lindíssimas toalhas, baixelas de metal precioso e um carneiro de ouro viam-se, ali, em determinadas circunstâncias, de envolta com os encantamentos próprios das fantasias.

Dizia-se, por exemplo, que no fundo do poço, que é extenso e profundo, quando a água serenava, era visto um carneiro de ouro em pé sobre uma pedra, prenunciando ali haver um intenso cabedal subterrâneo. E nos escâncaros da gruta que só se pode chegar lá de balsas pelo poço e subir as escadas até lá, era vista uma mesa atoalhada, com baixelas de ouro e prata. E se alguém conseguisse de fora, alcançar com longas varas a tal mesa e derrubar toda aquela riqueza, atemorizava-se ao ver que em poucos minutos estava novamente composta.