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Ministério do Turismo anima o mercado hoteleiro e de entretenimento do Brasil.

 29/03/2017  |  Postado por: Ramon Andrade
Foto: Divulgação
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Mas há uma diferença bastante significativa entre o Brasil e os países europeus. Por lá, o jogo é legalizado e diversas redes hoteleiras investem no modelo cassino-entretenimento para ofertar aos seus visitantes.

Pesquisa que acaba de sair da Fundação Getúlio Vargas para o Ministério do Turismo anima o mercado hoteleiro e de entretenimento do Brasil. A intenção do brasileiro de viajar nos próximos seis meses cresceu de 19% para quase 23%, na comparação com o mesmo período do ano passado, e atinge todas as faixas de renda. Os destinos nacionais são o objetivo de 80% dos prováveis viajantes, reforçando a nossa crença de que a capacidade turística do Brasil pode fazer frente às dificuldades econômicas que estamos vivendo. O mesmo estudo estima que devem ser movimentados R$ 9,7 bilhões nessas viagens, gerando recursos para serem reinvestidos na economia, principalmente através dos setores do comércio e serviços.

A atenção ao turismo em meio a adversidades econômicas não é novidade do Brasil. No início da década, a Europa observou movimento importante após o pico da crise enfrentada por lá; até porque o turismo também tem peso na economia de vários países europeus. Na França, país mais visitado do mundo, a atividade representa cerca de 7% do PIB; de acordo com a Organização Mundial do Turismo. É o mesmo que gera a indústria automobilística local, por exemplo. Em Portugal, o turismo beira 11% do PIB e, na Grécia, 16%. O governo deste país, inclusive, chegou a declarar, na ocasião, que apostava na atividade para tentar tirar o país da recessão.

Mas há uma diferença bastante significativa entre o Brasil e os países europeus. Por lá, o jogo é legalizado e diversas redes hoteleiras investem no modelo cassino-entretenimento para ofertar aos seus visitantes. Aliás, dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 37 proíbem os chamados “jogos de azar”. O Brasil está no mesmo grupo dos países islâmicos, que lá impedem o jogo por questões religiosas.

Assim como em todo o mundo turismo e jogos estão diretamente ligados, a relação entre loteria e social é algo que não pode passar despercebida. É por isso que nós das loterias estaduais estamos com bastante expectativa em relação à regulamentação do jogo no Brasil, para que recursos novos entrem no país através das diversas modalidades que deverão ser permitidas e, assim, podermos reforçar nossos investimentos nos diversos projetos que hoje só sobrevivem graças a esta vinculação. Aqui no Rio de Janeiro 70% do lucro da Loterj é integralmente investido em associações que garantem vida mais digna para crianças, idosos, deficientes.

Para isso, a pauta precisa ser destravada. Desde o final do ano passado o requerimento de Urgência dos Líderes para o Projeto de Lei 442/91 vem tendo a sua votação adiada. Esperamos que esse cenário mude após o carnaval e o país possa dar o passo adiante.

Fonte: Estadão 

Por: Ramon Andrade
Salvador / BA
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