Igreja do Carmo - Foto: Hugo Acioly |
Além de igrejas seculares, Olinda abriga em seu Sítio Histórico diversos monumentos que retratam uma parte importante da história do Brasil. São construções seculares, que se mantêm vivas por seu uso contínuo. Também são monumentos de Olinda, construções do século XX, como, por exemplo, o prédio da caixa d'água, a primeira construção modernista erguida no Brasil.
Faculdade de Direito
Localização: Rua de São Bento - Varadouro
A Faculdade de Direito de Olinda foi criada em 11 de agosto de 1827 e a inauguração se deu no ano seguinte, por solicitação da presidência da Província. Funcionou em salas do Mosteiro de São Bento até sua transferência em 1852, para o antigo Palácio dos Governadores. O curso jurídico de Olinda trouxe, na época, uma dinâmica diferente para a cidade. Estudantes enchiam as ruas com novas idéias, surgiram jornais empreendidos pelos futuros bacharéis e riqueza cultural. Em 1854, por oferecer melhor estrutura, foi transferida em definitivo para o Recife.
Farol de Olinda
Localização: Bairro do Amaro Branco
O farol original foi montado sobre o Fortim Montenegro, visível a 12 milhas. Aceso pela primeira vez em 1872. O farol atual foi construído no alto do morro denominado Morro de Serapião, localizado no bairro do Amaro Branco e inaugurado em 7 de setembro de 1941. Horário: sábado, domingos e feriados. A visitação pode ser feita por pequenos grupos, por 15 minutos, das 14h às 17h. Fone.: 3496-6525.
Forte de São Francisco (Fortim do Queijo)
Localização: Rua do Sol - Carmo
A localização geográfica da Vila de Olinda tornava relativamente fácil a entrada dos invasores. A vulnerabilidade da região criou a necessidade de defesa e por conta disso, a partir do século XVII, intensificaram-se as construções das fortalezas. De acordo com o historiador Vanildo Bezerra, 'o Fortim do Queijo era um baluarte de certa envergadura, mas com o passar do tempo tomou o formato de um queijo, vindo daí o seu nome'. Historiadores afirmam que o Fortim do Queijo é o mais antigo da cidade e teria sido construído por Cristóvão Álvares, por volta da década de 20, do século XVII. O forte passou por uma fase de pré-ruína e durante a administração do prefeito Aredo Sodré da Mota (1973-1977) passou por uma restauração que lhe confere as atuais feições. Atualmente encontra-se sob a responsabilidade do Ministério do Exército.
Palácio dos Governadores
Localização: Rua de São Bento, 123 - Varadouro
Construído no século XVII, foi o antigo Paço da Assembléia Constituinte e Legislativa da Confederação do Equador. Abrigou os Cursos Jurídicos, em 1854, além do Teatro Melpôneme, o Fórum e o Colégio Arquidiocesano de Olinda. Atualmente, funciona como sede do Poder executivo de Olinda Imponente edifício de arquitetura simples e palaciana, iluminado por lampiões imperiais, o Palácio dos Governadores conserva o piso e as escadarias da nobreza.
Ruínas do Senado
Localização: Rua Bernardo Vieira de Melo, s/n° - Ribeira Ali ficava o imponente prédio do Senado da Câmara de Olinda, que foi concluído em 1693. Hoje, a secular ruína mostra a incomum espessura das paredes antigas, com placa contendo os seguintes dizeres: 'Aqui, em 10 de novembro de 1710, Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito em favor da fundação da República entre nós.'
Biblioteca Pública
Localização: Avenida Liberdade, s/n° - Carmo
A casa é exemplo da arquitetura rural do século XVII. A primeira biblioteca é de 1830 e foi instalada no Convento de São Francisco. A chamada Casa 100 do Carmo foi inaugurada como Biblioteca Pública em 1996.
Igrejas de Olinda
Olinda abriga igrejas ricas em ornamentos e talhas e também singelas capelas. A maioria foi construída nos séculos XVI e XVII, e exibe arquitectura e imagens barrocas. Algumas merecem destaque, como o Mosteiro de São Bento, com altar folheado a ouro, e o Convento de São Francisco, que integra um conjunto de templos. A Sé, em local com vista privilegiada, é a mais antiga da cidade e uma das primeiras a serem construídas no Brasil.
Museu de Arte Sacra
O prédio abriga a rica arte religiosa do Estado de Pernambuco. Construído antes da chegada do primeiro bispo, em 1676, foi reconstruído no século XIX. O Palácio possui, ainda, dois torrões primitivos, e doze janelas do pavimento superior, construído depois, com balcões de madeira, ao estilo do século XVIII. O acervo fixo partiu de peças cedidas pela Arquidiocese de Olinda e Recife, tendo sido, posteriormente, enriquecido. Hoje, reúne peças religiosas do século XVI ao actual, incluindo importantes exemplares de arte popular contemporânea. O museu desenvolve, actualmente, uma programação movimentada, com cursos, palestras e mostras que acompanham o ciclo litúrgico e o calendário religioso. No piso térreo, estão expostos painéis fotográficos que documentam a história, a evolução e a paisagem de Olinda.
Museus de Olinda
Museu de Arte Contemporânea
O prédio do século XVIII, que abriga hoje o Museu de Arte Contemporânea, foi projetado para abrigar o cárcere da Diocese. Lá ficavam recolhidos homens e mulheres acusados de delitos contra a religião católica.Edificação de caráter religioso, obedece, porém, aos padrões da arquitetura oficial no Brasil, com origem no Reino de Portugal. Construção pesada, com janelas de grades de ferro e molduras em pedra. Ao meio das janelas está o Brasão de Armas do Bispo de Pernambuco. Uma escada externa com pedra de cantaria, proveniente dos arrecifes do litoral pernambucano, leva ao segundo pavimento.
Desde 1966, é monumento tombado, que abriga o Museu de Arte Contemporânea com um grande acervo permanente, do qual fazem parte coleções completas de Assis Chateaubriand, Salão dos Novos, Obras Isoladas, Salão Moderno, Abelardo Rodrigues, Dorian Gray, Helenos, Hilton de Gravuras, José Telles Jr, Vicente do Rego Monteiro, Portinari, entre outros. O museu promove, ainda, uma programação cultural intensa com apresentações folclóricas constantes, cursos, palestras e mostras temporárias.
Museu Regional de Olinda
Organizado, em 1935, em comemoração à chegada de Duarte Coelho a Pernambuco, é um museu mantido numa parceria do município com o Estado.Reúne móveis, imagens, painéis, peças de grande valor histórico, como o brasão do Senado da Câmara de Olinda e peças de Arte Sacra, incluindo um altar que pertenceu à antiga Sé de Olinda, antes de sua reforma em 1711. O museu está instalado num bonito sobrado que remete, junto com seu entorno, à Olinda de 1700.
Museu de Arte Sacra (MASP)
Outrora Casa da Câmara do Senado de Olinda, depois Palácio Arquiepiscopal, o prédio hoje abriga a rica arte religiosa de Pernambuco. Construído antes da chegada do primeiro bispo, em 1676, tendo sido reconstruído no século XIX. O Palácio possui ainda dois torrões primitivos, as doze janelas do pavimento superior, construído depois, com balcões de madeira, ao estilo do século XVIII. O acervo fixo do MASP partiu de peças cedidas pela Arquidiocese de Olinda e Recife, sendo, posteriormente, enriquecido. Hoje, reúne peças religiosas do século XVI ao atual, incluindo importantes exemplares de arte popular contemporânea.
O museu desenvolve, atualmente, uma programação movimentada, com cursos, palestras e mostras que acompanham o ciclo litúrgico e o calendário religioso. No térreo, estão expostos painéis fotográficos que documentam a história, evolução e paisagem de Olinda
Igreja de São Sebastião
Fundada em 1686, na subida da Ladeira do Varadouro, a igreja foi construída com recursos do Senado e donativos populares. No final do século XVII, a igreja foi oferecida para sede da irmandade dos soldados, mas foi rejeitada, continuando a Câmara com o encargo de sua manutenção. Já em 1819 foi realizado um grande serviço de restauração e colocadas na fachada principal do templo as armas do Senado da Câmara, que são o globo e a cruz de São Salvador, o padroeiro da cidade. Em 1854 foi cedida à irmandade de Nossa Senhora do Bom Parto. Com o início da República, a igreja foi entregue, em definitivo, à Irmandade do Bom Parto.
Igreja de São Salvador do Mundo
A Igreja de Nosso Senhor Salvador do Mundo foi a primeira construída no Brasil. Fundada em 1540, tinha sua estrutura inicial em madeira e taipa. A partir de 1584, começou a construção da nova igreja matriz com muitas capelas ao redor. Durante a invasão holandesa, serviu como templo protestante e teve sua estrutura danificada com o incêndio ateado pelo invasor. Depois da Restauração Pernambucana, começaram os trabalhos de reconstrução, passando os atos religiosos a serem realizados na Igreja de São João. Ainda no período de reconstrução, em 1676, foi elevada à categoria de bispado de Olinda sendo inaugurada somente em 1714. A mudança da sede do governo do bispado para o Palácio da Soledade provocou um movimento no sentido de transferir a catedral para o Recife.
Igreja de Nossa Senhora da Boa Hora
E dificada em 1806, segundo escritura pública de doação de uma casa lavrada na cidade de Olinda por Bernardo Ferreira Viegas e sua mulher D. Elena Maria da Conceição, que também incorporava o referido imóvel ao patrimônio da capela de Nossa Senhora da Boa Hora. A data de 1807, registrada na fachada foi colocada em um dos sucessivos acréscimos que deram origem à atual igreja. No local onde está situada a capela existia um nicho dedicado à mesma padroeira, levantado em meados do século XVIII.
Igreja e Convento de Santa Tereza
A Igreja e o Convento de Santa Tereza foram erguidos em meados de 1660, sob a invocação de Nossa Senhora do Desterro e ocupados pelas Carmelitas Descalças, expulsas em 1831. O estilo é barroco. Os altares da igreja ostentam requintadas talhas, com preciosas imagens dos séculos XVII e XVIII de santeiros pernambucanos. O frontispício é colonial, com uma torre simples e um nicho rebuscado acima da porta principal, abrigando a Santa Madre Tereza de Jesus. Acima do seu nicho, está colocado um brasão da ordem das Carmelitas Descalças. Hoje, o convento abriga um orfanato e o Colégio Santa Tereza.
Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição
O convento é um dos mais antigos do Brasil colonial. Foi abandonado no período da invasão holandesa e reconstruído por iniciativa do mestre-de-campo João Fernandes Vieira, passando a funcionar como casa religiosa de recolhimento para mulheres abandonadas. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição tem como principal atração a histórica imagem barroca de Nossa Senhora da Conceição. A imagem possui uma riquíssima pintura em ouro e policromia com um pedestal formado por um bloco de anjos com a representação da Lua. O toque final da imagem é uma coroa de prata.
Igreja de Nossa Senhora das Neves, Capela de São Roque e Convento de São Francisco
O conjunto do Convento de São Francisco é formado pela Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Capela de São Roque e o claustro de azulejos e sua magnífica sacristia. Começou a ser construído em 1585. É convento franciscano mais antigo do Brasil. A igreja foi incendiada pelos invasores holandeses no ano de 1631 e reconstruída ainda no século XVII. Em frente ao convento existe um cruzeiro trabalhado em pedra arenito retirada de nossos arrecifes. O forro da igreja tem com pinturas do século XVIII.
Basílica e Mosteiro de São Bento
O Mosteiro de São Bento é o segundo construído em terras brasileiras. Sua construção data do século XVI e possui uma característica peculiar que é a de ser São Bento, ao mesmo tempo, padroeiro da Abadia e do Mosteiro. O Mosteiro de São Bento não passou despercebido dos invasores holandeses e foi destruído pelos mesmos em 1631. Por esse e por outros motivos o Mosteiro não possui um estilo arquitetônico definitivo. A fachada da igreja é composta por um brasão e uma torre sineira do século XVIII.
Destaca-se também o requintado altar-mor com arquivoltas do barroco brasileiro. Toda em madeira revestida em ouro, no trono principal do altar, encontra-se a imagem do patriarca São Bento. A sacristia conventual é a mais rica das igrejas de Olinda com elaboradas talhas douradas, espelhos de cristais e painéis, mostrando a vida penitente de São Bento. Suas portas são almofadadas em alto-relevo e emolduradas em pedra.
Igreja e Mosteiro de Nossa Senhora do Monte
A Igreja de Nossa Senhora do Monte é uma das mais antigas de Olinda. Construída em meados do século XVI, seu interior é rústico, não possuindo nada de barroco. É composto apenas de um altar-mor simples e um oratório que ostenta a imagem da padroeira Nossa Senhora do Monte. Na última década do século XVI, a igreja foi doada aos monges beneditinos.
Igreja da Santa Cruz dos Milagres
Conta-se, que durante as missões realizadas na Sé de Olinda, em ano de dura seca, um pastor de gado recebeu uma mensagem divina revelando a localização de uma fonte de água doce. Em ação de graças, foi construída, por cima do olho d´água, uma capelinha. Outra versão relata que, durante a estiagem, um boi pastando encontrou água potável para saciar-lhe a sede. O povo considerou um milagre todo aquele manancial e construiu uma cacimba, para abastecer a cidade. As Missões foram transferindo-se para a cacimba do Milagre, onde uma cruz foi colocada.
O local virou ponto de romaria.No entanto, as referências consistentes são muito escassas. Sabe-se, que em 1950, realmente foi edificado um cruzeiro em agradecimento ao surgimento da fonte de água potável. Uma capelinha foi construída no local, até que, em 1862, começou a ser erguida uma capela de porte regular, ao lado da cruz. Daí o nome do povoado que surgiu na região: Santa Cruz dos Milagres.
Hoje a Igreja mostra um frontispício simples, uma torre sineira e portal central. No altar-mor, encontram-se uma imagem de Nossa Senhora das Dores e um busto do Salvador do Mundo, ladeados por São José e Nosso Senhor. Existem, ainda, dois altares laterais, com as imagens de Nossa Senhora dos Milagres e de vários outros santos. A cacimba continua vertendo água, mas está abandonada.