Viagens corporativas

Viagens corporativas impulsionam turismo de negócios e batem R$ 12,7 bi

As viagens corporativas seguem como um dos pilares mais sólidos do turismo brasileiro e mostram fôlego mesmo diante de oscilações econômicas globais. Entre janeiro e novembro deste ano, o setor movimentou R$ 12,7 bilhões, segundo o levantamento mensal da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas). O resultado reforça não apenas a retomada definitiva das viagens a trabalho, mas também o papel estratégico do turismo de negócios na engrenagem econômica do país, conectando cidades, fortalecendo destinos e impulsionando serviços de alto valor agregado.


Turismo de negócios consolida retomada econômica

Números que traduzem confiança do mercado

Os dados divulgados pela Abracorp indicam um crescimento consistente ao longo do ano, com destaque para os segmentos de transporte aéreo, hospedagem e locação de veículos. A estabilidade no volume das viagens corporativas revela um mercado que aprendeu a operar com mais eficiência, planejamento e controle de custos, sem abrir mão da presença física em encontros estratégicos.

Reuniões presenciais, feiras setoriais, congressos e eventos técnicos continuam sendo vistos pelas empresas como investimentos, não despesas. A interação direta, a construção de redes de contato e a tomada de decisões estratégicas seguem demandando deslocamentos frequentes, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil.

Cidades que se beneficiam além dos grandes centros

Embora São Paulo e Rio de Janeiro mantenham protagonismo histórico, outras capitais e polos regionais têm ganhado espaço na agenda corporativa. Cidades como Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre aparecem cada vez mais como sedes de encontros nacionais e internacionais, ampliando o alcance do turismo de negócios e distribuindo melhor os impactos econômicos.

Esse movimento fortalece a hotelaria, estimula melhorias na infraestrutura urbana e contribui para a qualificação profissional do setor de serviços, criando um ciclo virtuoso que vai além do calendário de eventos.


Viagens corporativas e o efeito multiplicador no turismo

Mais que deslocamento: consumo qualificado

As viagens corporativas têm um perfil de consumo diferenciado. O viajante a trabalho costuma gastar mais, permanece menos tempo ocioso e utiliza serviços com maior valor agregado. Restaurantes, transporte executivo, tecnologia, espaços de coworking e centros de convenções são diretamente impactados por esse fluxo.

Além disso, há um efeito colateral positivo cada vez mais observado: a extensão da estadia. Muitos profissionais aproveitam compromissos de trabalho para incluir dias de lazer, prática conhecida como “bleisure”, que amplia o impacto econômico e aproxima o turismo de negócios do turismo cultural e de experiências.

Nesse contexto, plataformas institucionais como o Visite o Brasil têm papel fundamental ao apresentar destinos preparados para receber eventos, encontros e visitantes corporativos. Um exemplo é a seção dedicada a destinos urbanos e culturais, disponível em:
? https://visiteobrasil.com.br/destinos/


Estratégia nacional para fortalecer o setor

Políticas públicas e articulação institucional

O crescimento contínuo das viagens corporativas também reflete ações coordenadas entre setor público e iniciativa privada. O Ministério do Turismo vem reforçando estratégias para posicionar o Brasil como destino competitivo para eventos internacionais, feiras de negócios e congressos técnicos, integrando promoção turística, infraestrutura e qualificação.

A pasta mantém iniciativas voltadas à diversificação da oferta turística e ao fortalecimento do turismo de negócios como vetor de desenvolvimento regional. Informações institucionais e programas de apoio ao setor estão disponíveis no portal oficial do governo federal:
? https://www.gov.br/turismo

Conectividade e infraestrutura como prioridades

Outro fator decisivo para o avanço do segmento é a ampliação da malha aérea e a modernização de aeroportos. A conectividade eficiente reduz custos operacionais, otimiza agendas e torna os destinos brasileiros mais atrativos para empresas nacionais e estrangeiras.

Somado a isso, investimentos em centros de convenções, tecnologia para eventos híbridos e redes hoteleiras especializadas ajudam a consolidar o país como um ambiente confiável para negócios de médio e grande porte.


Tendências e perspectivas para os próximos anos

Sustentabilidade e eficiência no radar corporativo

Empresas estão cada vez mais atentas à sustentabilidade de seus deslocamentos. Isso inclui escolhas de hospedagem com práticas ambientais responsáveis, otimização de rotas e redução de viagens desnecessárias. Ainda assim, o crescimento das viagens corporativas indica que o contato presencial segue insubstituível em diversas etapas da tomada de decisão empresarial.

O desafio do setor será equilibrar eficiência, responsabilidade ambiental e experiência do viajante, criando modelos mais inteligentes de deslocamento e permanência.

Brasil como hub de eventos na América Latina

Com diversidade cultural, capacidade instalada e localização estratégica, o Brasil tem potencial para se consolidar como um dos principais hubs de turismo de negócios da América Latina. A continuidade dos investimentos e a estabilidade do setor indicam que o movimento observado em 2025 tende a se manter nos próximos anos.


Conclusão

O desempenho registrado pela Abracorp confirma que o turismo de negócios segue como um dos motores mais resilientes da economia turística nacional. As viagens corporativas não apenas mantêm ritmo de crescimento, como ajudam a estruturar destinos, qualificar serviços e posicionar o Brasil de forma competitiva no cenário internacional. Em um país que busca desenvolvimento regional equilibrado, o setor se mostra estratégico, necessário e cada vez mais integrado às novas dinâmicas do turismo contemporâneo.

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