Os gastos no Brasil por turistas internacionais tiveram uma alta expressiva nos primeiros cinco meses de 2025, indicando uma forte retomada do setor turístico no país. Segundo dados divulgados pelo Banco Central e pelo Ministério do Turismo, os visitantes estrangeiros já injetaram quase US$ 3,7 bilhões na economia brasileira até maio — o equivalente a quase 50% do total registrado em todo o ano de 2024.
A recuperação dos fluxos internacionais, aliada à desvalorização cambial e à atratividade dos destinos nacionais, posiciona o Brasil como um dos principais receptores de turistas na América Latina neste primeiro semestre.
Alta dos gastos reflete retomada e confiança no destino Brasil
Os dados revelam mais que números — mostram uma retomada sólida do turismo receptivo no Brasil, após anos impactados pela pandemia e desafios logísticos. O valor gasto por estrangeiros no país em apenas cinco meses ultrapassa o desempenho histórico do mesmo período em anos anteriores e se aproxima rapidamente dos US$ 7,4 bilhões movimentados em todo o ano de 2024.
Entre os principais fatores que impulsionaram os gastos no Brasil, destacam-se:
Aumento da conectividade aérea internacional, com novas rotas e mais voos diretos;
Eventos culturais e esportivos de grande porte, como festivais e competições internacionais;
A política cambial favorável para o turismo, com o real mais competitivo frente ao dólar e euro;
A imagem positiva do Brasil como destino de natureza, sol e praia, aliada à hospitalidade brasileira.
Destinos mais beneficiados e perfil dos turistas
Segundo dados do MTur, os maiores volumes de gasto estão concentrados em destinos como Rio de Janeiro, São Paulo, Foz do Iguaçu, Salvador e Florianópolis, além de cidades da Amazônia e do Pantanal, que vêm recebendo cada vez mais turistas interessados em ecoturismo e turismo de experiência.
O perfil dos viajantes também tem se diversificado: há um crescimento significativo na presença de turistas da Europa, América do Norte e América Latina, muitos dos quais buscam experiências culturais, gastronômicas e de lazer com ótimo custo-benefício.
Outro destaque é o aumento do tempo de permanência média no Brasil, que passou de 10 para 13 dias, elevando ainda mais os gastos por pessoa.
Gastos no Brasil como alavanca para a economia
Os gastos no Brasil realizados por turistas estrangeiros têm impacto direto e indireto em diversas cadeias produtivas, como hotelaria, gastronomia, transporte, entretenimento, comércio e serviços locais. O turismo receptivo também movimenta o setor informal e promove desenvolvimento regional, principalmente em cidades de médio porte e áreas com vocação turística.
Para o ministro do Turismo, os números são “um reflexo da confiança internacional no Brasil como destino seguro, atrativo e competitivo”.
“Estamos trabalhando para transformar o Brasil em uma potência turística. O crescimento dos gastos dos estrangeiros mostra que estamos no caminho certo. Mais turistas significam mais empregos, mais renda e mais desenvolvimento para o país”, afirmou o ministro.
Projeções otimistas para o segundo semestre
Com o avanço do segundo semestre, que tradicionalmente inclui alta temporada e grandes eventos turísticos, a tendência é que os gastos no Brasil superem o recorde de anos anteriores. A expectativa do Ministério do Turismo é de atingir ou ultrapassar a marca de US$ 8 bilhões até o fim de 2025 — o que configuraria o melhor resultado da história no setor de turismo internacional.
Conclusão: Brasil em destaque no cenário turístico global
O forte desempenho nos gastos no Brasil por parte de estrangeiros reforça a posição do país como um destino global competitivo, com diversidade natural e cultural, infraestrutura em expansão e potencial para crescer ainda mais. Com investimentos em promoção internacional, melhoria dos serviços e políticas públicas integradas, o turismo se consolida como um dos pilares da nova economia brasileira.
